Diante do abate em massa de jumentos no Brasil e no mundo, um Projeto de Lei que visa criminalizar o ato está em tramitação no Congresso Nacional. Cerca de 6 milhões de jumentos são abatidos por ano para atender à demanda por remédios tradicionais chineses, enquanto crescem os apelos para acabar com o comércio brutal de peles no Brasil.
O projeto está atualmente na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania, onde em breve buscará aprovação do parecer do relator. Se a aprovação do projeto continuar, espera-se que ele se torne lei até o final de 2024.
De acordo com novos números divulgados pela organização internacional de bem-estar animal, The Donkey Sanctuary, milhões de jumentos estão sendo abatidos para o comércio de suas peles no Brasil e em todo o mundo.
A aprovação de uma lei deste tipo posicionaria o Brasil como um dos principais defensores dos jumentos no Sul Global, e a sua ação legislativa poderia funcionar como um modelo para outros países que procuram proteger as populações de jumentos.
Os jumentos continuam a desempenhar um papel cultural importante no País, conforme destacado pelo evento ‘O Jumento é Nosso Irmão’ no Salão Nobre, na Câmara dos Deputados em Brasília, em novembro de 2023. O evento contou com obras de arte e outros objetos culturais do estado da Bahia, assim como de outros estados do Nordeste, onde funcionam atualmente a maioria dos matadouros de jumentos.
Estimativas conservadoras da The Donkey Sanctuary sugerem que 5,9 milhões de jumentos precisarão morrer todos os anos para produzir a quantidade de colágeno que é requerida pela indústria do ejiao, e esse número deverá atingir 6,7 milhões até 2027. Ejiao é um remédio tradicional chinês que contém colágeno de jumento como ingrediente principal.
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