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Luiz Eduardo homenageia primo Rafael Coelho: “Um cara como meu pai”

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Luiz Eduardo homenageia primo Rafael Coelho: “Um cara como meu pai”

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Neste artigo, o empresário Luiz Eduardo Coelho rende uma singela homenagem ao seu primo, também empresário Rafael Coelho, falecido aos 56 anos neste sábado (27), em São Paulo.

Confiram:

Dia desses recebi uma ligação de tio Augusto. Coisas assim são corriqueiras e acontecem quando queremos conversar. Sendo que esta feita ele me disse que seria um “papo cabeça”, forma de dizer que ele estava meditativo. No dia seguinte, me atrasei para o encontro no Curtume. Pouco depois, encontrei-o no Hospital Dom Thomaz (HDT), que tem sido “a menina dos olhos” dele e razão maior de sua missão de soerguer o maior núcleo beneficente do VSF. Na sala de reunião, ele estava com a diretoria preparando a visita da Secretaria de Saúde do Estado de Pernambuco.

 Era um ‘entra e sai’ danado de gente trazendo dados e elementos que embasariam as demandas por novos investimentos do setor público. Num determinado momento indaguei sobre a construção do núcleo oncológico, quando de pronto ele sugeriu que uma de suas assistentes me levasse para percorrer a unidade hospitalar inteira. Fiquei impressionado. A unidade está montada com equipamentos de primeira linha e a equipe preparada pelo melhor quadro médico de que se tem notícia por aqui. No meu retorno ao seu escritório, a pergunta foi direta: “Você está satisfeito com a maneira como estamos aplicando os recursos dos doadores? Pois, anime-se! Aqui ainda há muito o que se fazer”.

Conversa vai conversa vem, ficamos apenas nós dois na sala e ele pediu que a secretaria “segurasse” o atendimento para que pudéssemos conversar. Tio Augusto estava bem, mas com um semblante cansado e, mal começamos a falar sobre assuntos familiares, ele recebeu uma ligação. Era de familiares que estavam em São Paulo e reportavam notícias sobre a saúde de Rafael, que já havia pegado uma dengue. A ligação nos desnorteou e logo em seguida a chamada de um vereador desviou o rumo de nossa conversa. Saí dali certo de que não havíamos tratado sobre o que me levara até lá.

Na mesma semana fui a São Paulo para acompanhar minha esposa num tratamento, quando em pleno domingo fomos surpreendidos por notícias desalentadoras sobre a saúde de Rafael.

Desde a morte e o passamento de dona Cléa (minha mãe), tio Augusto tinha me pedido que não escrevesse mais. Que ali batera o melhor possível na capacidade de sintetizar sentimentos. E, no entanto, vou contrariar a recomendação porque meu primo Rafael Araújo de Souza Coelho, 56, mais conhecido como Rafa, filho de tio Augusto e tia Mariza, merece levar umas poucas palavras para a posteridade, pois, da minha geração, foi uma pessoa ímpar. Ontem, hoje e amanhã vou me lembrar de episódios de sua vida onde sensibilidade, análise crítica e capacidade realizadora estiveram presentes como em poucos. Exímio jogador de xadrez, Rafael era um poliglota estudioso, gostava de matemática e era conhecido por resolver problemas. Conciliador nato, tinha fino tino comercial e estava sempre disponível para oferecer os melhores aconselhamentos a quem precisasse.

Lembrado em vários pleitos municipais para ocupar cargos públicos, soube ser equidistante do poder, mas fez muito à frente da diretoria na FIEPE. Seu trabalho em prol da comunidade, mais especialmente na APAMI, abriu caminhos de muitos ao voluntariado. Na “Feira da Família”, ao lado da esposa Erika e dos seus 3 filhos (Victor, Daniel e David), arrecadou recursos para os desfavorecidos e, na sequência, para o HDT (Hospital Dom Thomaz – de câncer) idealizado por seu pai. Ironicamente, o câncer o acometeu e o levou.

Rafael sabia que sua missão aqui era outra. Sua vida profissional foi profícua no desenvolvimento imobiliário e urbanístico de Petrolina, construindo verdadeiros bairros planejados; brilhou na administração do negócio de couros e peles, onde conservou os amigos deixados por Zé Coelho, e cativando tantos outros. Na realidade, acho que ele foi um cara como meu pai, pois na família soube ser exemplo de otimismo, generosidade, perseverança e alegria. Compará-lo ao meu pai, vale dizer, é o maior elogio que eu poderia fazer a alguém.

Luiz Eduardo Coelho é hoje apenas um primo saudoso.

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