Éramos assim…

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Mansueto de Lavor foi, sem dúvida, uma das grandes lideranças políticas do Sertão pernambucano. Este cearense de Barbalha enveredou, primeiro, pelo caminho da Igreja Católica quando, em 1961, foi nomeado sacerdote católico na diocese de Petrolina, onde permaneceu até 1982.  Na cidade, coordenou o Movimento de Educação de Base durante três anos e dirigiu a antiga Emissora Rural A Voz do São Francisco, mantendo-se no cargo até o ano de 1978.

A partir desse ano, a política entrou na vida de Mansueto. Ele se candidatou a uma vaga de deputado estadual pelo Movimento Democrático Brasileiro (MDB), partido de oposição ao regime militar da época, instaurado em abril de 1964. Eleito, tornou-se o primeiro oposicionista do Sertão a cumprir mandato na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe).

Mas foi em 1986 o grande ano de Mansueto na vida pública. Recém-retornado do exílio, Miguel Arraes disputou o governo do Estado, com Mansueto e Antonio Farias compondo chapa para o Senado. Os francos favoritos eram os candidatos da direita, Roberto Magalhães e Margarida Cantarelli. Mas para surpresa de todos, ambos foram derrotados por Mansueto e Farias.

Mansueto deixou o Senado em janeiro de 1995, ao final da legislatura, não tendo se candidatado à reeleição no pleito de outubro do ano anterior, e faleceu em 1998.

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