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Artigo do Leitor: “Do brilho das vitrines ao silêncio das almas”

Artigo do Leitor: “Do brilho das vitrines ao silêncio das almas”

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Neste novo artigo, o advogado Rivelino Liberalino faz uma reflexão sobre os tempos atuais, em que a pressão das aparências e o peso das redes sociais têm impactado de forma direta a saúde mental, especialmente entre os jovens.

Confiram:

Vivemos tempos estranhos. Tudo parece perfeito nas vitrines digitais: sorrisos congelados, corpos retocados, momentos encenados para caber na tela. Mas atrás desse brilho, há escuridão. Há jovens sufocados, famílias em silêncio, pais chorando diante do impossível: sepultar os próprios filhos. Isso não são estatísticas, são amores rasgados, histórias paradas no meio do caminho.

A vida foi sequestrada. Já não vivemos para ser, mas para mostrar. Criamos máscaras que escondem quem somos, fingindo caber num padrão que ninguém sustenta. E quando não alcançamos o inalcançável, a culpa esmaga. O fracasso, que deveria ensinar, virou sentença. É nesse solo que cresce a depressão, a ansiedade, o vazio que consome por dentro.

E o pior: aprendemos a esconder a dor, como se sentir fosse vergonha. Mas é mentira. A dor é parte da vida. É na queda que nasce a coragem. É no tropeço que se aprende a levantar. Só que o mundo insiste em vender uma felicidade plástica, de propaganda. E muitos, seduzidos, acabam perdidos no próprio silêncio.

Estamos cercados de gente — mas sozinhos. Milhares de “amigos virtuais” e, quando chega o desespero, ninguém atende. Viramos perfis. Viramos postagens. Mas não somos isso. Somos carne, lágrimas, abraço, olhar que pede socorro. Somos frágeis. Precisamos de presença, de quem diga: “eu estou aqui, não tenha medo de falar”.

O suicídio é o grito abafado dessa geração. E quando atinge os jovens, a ferida é ainda mais cruel. Não se cura desespero com frases prontas, mas com escuta. Não com sermões, mas com amor. Precisamos sentar ao lado, segurar a mão, suportar o silêncio. Precisamos dizer aos nossos: errar não é fracassar, cair não é o fim, e a vida vale infinitamente mais do que curtidas ou aplausos.

Cada jovem que parte leva junto um pedaço de todos nós. Essas mortes não podem ser normalizadas. São um soco na consciência. Um chamado para que sejamos porto seguro, farol, ombro. Não deixemos que nossos jovens se afoguem sozinhos. A vida é única, insubstituível, e precisa ser protegida com todo o cuidado e amor que temos.

Apesar das dores, a vida continua sendo o maior milagre. Vale a pena lutar por ela. Vale a pena resistir.

Rivelino Liberalino/Advogado

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