IníciociberameaçaAvanço do cibercrime exige união de métodos entre proteção física e digital


A Genetec reuniu jornalistas em Washington DC, nos Estados Unidos, para divulgar os dados do relatório “State of Physical Security”, que apresenta uma visão geral sobre o cenário da segurança corporativa. Nesse sentido, a Cibersegurança assumiu um papel crucial: mesmo com o avanço nos investimentos em tecnologia, os ataques cibernéticos seguem impactando as organizações e, na visão da Genetec, existe uma necessidade de unificar os métodos de proteção física e digital no sentido de criar um único gerenciamento dessas áreas.

 

De acordo com o relatório, 31% das mais de 5500 companhias entrevistadas disseram acreditar que foram atingidas ao menos uma vez por alguma ciberameaça em 2023, seja golpe financeiro, phishing, malware ou comprometimento de credencial. Desse conjunto, a maioria das vítimas está no setor financeiro e bancário, representando 47% dos entrevistados, seguido pelo setor público, com 37%.

 

“As organizações passaram a investir valores cada vez mais consistentes em ferramentas de segurança. Este crescimento atingiu 42% de produtos aplicados, ante 29% em 2022, com um foco especial em conscientização dos usuários internos”, destaca o Vice-Presidente de Marketing da Genetec, Andrew Elvish, durante apresentação do relatório na sede da companhia.

 

Na visão do executivo, há uma mudança de percepção dos líderes de tecnologia e de segurança corporativa para uma atuação mais colaborativa, mas ainda é preciso quebrar barreiras para que essa atuação seja mais efetiva. No caso da América do Sul, por exemplo, apenas 35% dos usuários finais entendem que reforçar as infraestruturas de segurança física com proteção digital seja uma demanda urgente.

 

“Esse contexto expõe um grande desafio de aproximação entre seguranças física e lógica em países como o Brasil. Mesmo assim, é perceptível uma mudança de visão de todos os C-Levels ligados à tecnologia”, acrescenta Elvish.

 

“Hoje, a maioria dos executivos percebem que não se trata apenas de uma aproximação de departamentos, mas é algo que precisa ir além, entregando aos times uma gestão única de perímetro, seja ele no mundo físico ou no ciberespaço. A possibilidade de tornar esse gerenciamento mais simples em uma plataforma completa faz essa percepção ficar ainda mais atrativa para os líderes”, complementa.

 

Investimento, não gasto

 

Diante desse posicionamento, a estratégia da Genetec busca ir além de consolidar seu papel de liderança na segurança integrada, buscando meios de reduzir o gap entre possibilidades de uso de suas plataformas e aquilo que os usuários, de fato, aplicam em seus ambientes. Com isso, a ideia é ampliar o valor de uso das soluções. “Os líderes de segurança, seja física ou lógica, precisam acertar sempre, por isso as altas gestões perceberam que patrocinar esses departamentos é um investimento, em vez de gastos”, diz Elvish.

 

Outro alerta feito pela análise da companhia envolve a dificuldade das empresas em alinhar com a devida precisão de quem é a responsabilidade no controle das soluções de segurança digital na segurança física. No momento, existe uma predominância maior dos times de TI nesse controle, exigindo-se conhecimento específico que os profissionais de cyber poderiam oferecer.

 

“Infelizmente, ainda vemos pouca compreensão dos reais riscos nos ambientes ultraconectados, demonstrada nessa transição de poder para a TI”, comentou Andrew Elvish, ao citar que o setor conta com cerca de 82% de acesso a essa parte da infraestrutura, enquanto SI possui apenas 47% no total.

 

Nisso, a Cibersegurança se tornou prioridade na visão dos líderes de Tecnologia Informacional. “Porém, a análise indica que os orçamentos maiores de TI permitem essa ampliação das atividades, em detrimento dos outros departamentos”, conclui ele.

 

*Matheus Bracco esteve na sede da Genetec em Washington DC, a convite da empresa, para participar do Global Press Summit 2024



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