InícioCarlos BrittoNikolas quer mudar integrantes na Comissão de Educação após primeira derrota bolsonarista

Nikolas quer mudar integrantes na Comissão de Educação após primeira derrota bolsonarista

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Congressistas apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que agora comandam a Comissão de Educação da Câmara dos Deputados, tiveram a primeira derrota em sessão realizada nessa quarta-feira, 27. O presidente do colegiado, Nikolas Ferreira (PL-MG), reconheceu que precisará dialogar com o Centrão para garantir maioria bolsonarista e virar o resultado em reuniões futuras, enquanto demais membros reclamam da condução dos trabalhos dele.

Por 20 votos a 13, o governo conseguiu derrubar um requerimento que pedia moção de repúdio contra um professor de escola estadual da cidade de São Bonifácio (SC). Assim como na reunião anterior, houve provocações e tumultos entre parlamentares.

O requerimento, de autoria do deputado Gustavo Gayer (PL-GO), afirma que o professor da escola catarinense acusou Bolsonaro de ser “nazista e ladrão” em sala de aula. Esse mesmo docente disse, segundo o texto, que se os alunos chamassem o presidente Luiz Inácio Lula da Silva de “ladrão”, poderiam ser condenados por difamação.

O requerimento de Gayer diz que as falas demonstram “um claro viés ideológico que não condiz com a neutralidade exigida pela profissão” e pede também uma retratação pública do professor, “reconhecendo o erro de sua conduta e reafirmando o compromisso com a imparcialidade e o respeito no ambiente educacional”.

Após o triunfo, petistas comemoraram o resultado. “Nós queremos que os temas da Educação sejam votados. Ele quer apenas lacrar. Perdeu. Perdeu, mané”, debochou Rogério Correia (PT-MG).

Do outro lado, Nikolas, presidente da Comissão de Educação, acredita que a composição dos integrantes do colegiado está “desbalanceada”, e que é preciso resolver o cenário negativo com diálogo. “Acredito que ainda tem de haver uma mudança de composição da comissão para que haja um equilíbrio maior. Mas é tudo uma questão de acordo, questão de comprometimento de deputados para que a gente consiga ter vitórias nas votações”, disse. “É como fazemos aqui no plenário. É conversar”.

O deputado não citou diretamente o Centrão, mas disse que é preciso que “outros partidos” cedam espaço para membros de “ideologia diferente”. “Vejo que existem alguns partidos que poderiam ceder sua vaga para outros que possuem ideologia diferente para poder ter certo equilíbrio. Acredito que a composição atual da comissão não tem o equilíbrio que eles tanto desejam”, afirmou.

Tumultos e provocações

Assim como na primeira sessão, a Comissão de Educação foi novamente palco para provocações e discussões entre os membros. Gayer, autor do requerimento derrotado, chegou a bater na mesa após ser provocado. Um deputado perguntou se o filho dele já teria sido doutrinado ideologicamente ou agredido em sala de aula. “Meus filhos já foram agredidos verbalmente em sala de aula por militantes da esquerda”, contestou, batendo na mesa.

Em outro momento, Otoni de Paula (MDB-RJ) também bateu na mesa, em apoio a Gayer. “Vocês vão ter que aturar o conservadorismo nessa comissão”, disse Otoni.

Governistas devolviam as falas com provocações aos oposicionistas ou a Bolsonaro. O lado contrário agiu de forma similar. A sala da comissão estava repleta de assessores parlamentares de esquerda e de direita e era possível ouvir vaias e aplausos em reação às diferentes falas. (Fonte: Estadão)



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